Estou de volta com mais um post sobre o assunto
NFe. O objetivo é mostrar como é o processo de emissão da NFe, suas etapas e retornos.
Para auxiliar a análise usarei como base, um
sistema de Gestão Empresarial, que emite NFe e faz a comunicação com a SEFAZ (Secretaria Estadual de Fazenda),
via webservice1. É importante ressaltar que pode haver diferenças no
processo de um sistema para outro, mas em linhas gerais seguem a mesma lógica.
Etapas do
processo:
1 - Emitir a Nota Fiscal (NF);
2 - Validar o layout da NF;
3 - Gerar o arquivo da NF no formato XML2;
4 - Assinar digitalmente o arquivo;
5 - Receber o protocolo de entrega do arquivo na
SEFAZ;
6 - Receber retorno definitivo da SEFAZ: Nota Denegada , Nota
Rejeitada ou Nota Autorizada.
Etapa 1 - Nesta etapa o usuário
faz a nota, identifica o cliente, tipo de operação (venda/remessa/devolução),
inclui os itens e grava a nota em seu sistema.
Etapa 2 - O sistema gera um
arquivo com as informações da NF e faz uma validação dos campos, se estão em
conformidade com o layout definido pela SEFAZ. Normalmente esta validação
ocorre ainda no sistema, dentro da empresa, não há o envio do arquivo para a
SEFAZ. Caso ocorra alguma inconsistência é gerado uma mensagem de erro, pelo sistema, para o
usuário corrigir e reenviar a nota.
A SEFAZ também valida o layout do arquivo no recebimento.
O layout do arquivo é um conjunto de campos que
recebem as informações da NF. Cada campo tem uma finalidade, por exemplo,
informar o CFOP, um tamanho (10 posições), um formato (data, texto, número) e
alguns são de preenchimento obrigatório.
Etapa 3 - Com as informações
validadas, o sistema irá gerar um arquivo em um formato chamado XML, que é o
padrão aceito pela SEFAZ para recebimento do arquivo.
Etapa 4 - O arquivo no formato
XML é assinado digitalmente, usando o certificado digital instalado no computador.
A assinatura passa por um processo de criptografia e o arquivo é enviado para a
SEFAZ.
Etapa 5 - A SEFAZ recebe o
arquivo e devolve um protocolo de recebimento.
Etapa 6 - A SEFAZ realiza novas
validações, no layout do arquivo para verificar os campos se estão em
conformidade com o layout e também faz validações em regras de negócios, como a
validação nos código de situação tributária (CST), base de cálculo de impostos,
alíquotas e valores.
Nesta etapa a nota pode ter três tipos de retornos:
DENEGADA
- é quando o emitente ou o cliente tem alguma pendência com a SEFAZ, por exemplo,
atraso no pagamento de impostos.
É importante ressaltar, que muitos Estados já tem
uma integração onde é possível a SEFAZ DENEGAR uma NFe em que o cliente tenha
débitos em seu Estado.
Não é possível cancelar uma nota denegada e nem
reutilizar o seu número.
REJEITADA
- A nota é rejeitada por algum erro encontrado durante a validação no layout do
arquivo, ou em alguma regra de negócio que não esteja em conformidade com as
regras de negócio estabelecidas pela SEFAZ como: cadastros incompletos, códigos
de tributação (CST) incorretos, valores de impostos em que não batem os
cálculos, entre outros.
A NF rejeitada pode ser descartada e o seu número pode ser reutilizado em uma nova NF.
AUTORIZADA
- o envio da nota é concluído com sucesso, neste momento é impresso o DANFE
(documento auxiliar de nota fiscal eletrônica) e é enviado o arquivo XML para o
destinatário.
O envio ou disponibilização do arquivo XML é
obrigatório e o não envio ou disponibilização para o cliente, pode acarretar em
sanções previstas em lei.
A NFe recebe um número, chamado de chave de nota, que é uma sequência numérica de 44 posições, que informa a UF, CNPJ do emitente, ano e mês da emissão, número da NF, modelo, série, dígito verificador que pode ser usado para pesquisar a validade da NFe no site da SEFAZ do emitente.
No próximo post, estarei comentando sobre as principais causas de rejeição de NFe e o preenchimento correto dos principais cadastros. Até lá.
Notas:
Webservice1. É uma solução para integração e comunicação entre
diferentes sistemas, compatibilizando esta interação independente de plataforma, linguagem,
onde são enviados arquivos em formato XML.
XML2 - (eXtensible Markup
Language) é um
formato de arquivo que facilita a comunicação para troca de informações entre
sistemas, aplicações onde os dados são organizados hierarquicamente, ou seja, funciona como um
padrão para leitura e gravação de dados entre diferentes sistemas.
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